O encontro
A profa. Dra. Liane Cristine Rebouças Demosthenes do curso de Agronomia do ICET participou, na última terça-feira, 17/01/2023, de uma reunião no SEBRAE-ITACOATIARA junto com outros representantes dos órgãos como MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ADAF – Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas, Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas – IDAM entre outros como a Sempab – Secretaria Mun. de Produção, Abastecimento e Políticas Fundiárias de Itacoatiara-AM para conhecer os impactos de uma praga conhecida como Moniliophthora roreri (Monilíase) PNPV/MONILÍASE que afetou a produção rural de quase todos os países da américa latina, o “fungo” que afeta as frutas principalmente do Cacaueiro e Cupuaçu foi discutido durante o encontro, uma vez que a praga já fora detectada em Tabatinga e Benjamim Constant-AM, criando assim estado de alerta quarentenário em todo o estado.

Pautas

- Conter a disseminação e chegada local da praga criando uma barreira educativa aos produtores tanto em larga escala como familiar das frutas, pois caso chegue até nós, a doença ameaça causar um dos piores desastres fitossanitários e econômicos da agricultura tanto em larga escala como familiar.
- Ensinar de maneira preventiva formas de manejo em caso de detecção da praga em plantações
- Ensinar características que as diferenciam de outras pragas, como: protuberâncias, inchaços, depressões, manchas avermelhadas e castanho escuro e o principal que é a esporulação parcial e total
- Ensinar formas de evitar a disseminação
- Alertar sobre o isolamento local e aviso imediato dos órgãos de defesa agropecuária

Defesa Agropecuaria e Monitoramento
Em contato com o solo, a praga tem a sobrevivência diminuída, em torno de três meses, devido à competição com outros microrganismos. O inóculo produzido nestes frutos, não possui a mesma eficiência de disseminação dos produzidos nos frutos infectados que permanecem na copa.
O reforço na defesa agropecuária é apontado como crucial para tentar amenizar os danos econômicos, sociais e ambientais que vão ser provocados pela praga. Segundo o Auditor Fiscal e Fitopatologista Rogério Serpa do MAPA “Onde a monilíase chegou, ela dizimou toda a produção. Se houver um controle de manejo, você tem perdas em torno de 30% dos frutos; se não houver, perde 100%. O auditor citou ainda casos em que produções grandes de plantios foram afetadas em 100% devida a falta de conhecimento de controle como por exempo:
- Catar frutos infectados ensacolar e enterrar (enterrio)
- Não trazer sementes de outros países
- Poda da planta como forma de evitar acesso ao pó (esporulação da fruta infectada)
- Aplicação de uréia
- Remoção semanal dos frutos infectados que devem ser picados para facilitar a decomposição.

Professora e pesquisadora em fitopatologia do ICET/UFAM diz:
“Com a publicação do alerta quarentenário sobre a monilíase, essa importante doença que traz riscos à produção de cupuaçu e cacau da nossa região, eu como docente e pesquisadora da área de Fitopatologia, juntamente com os nossos egressos e discentes do curso de Agronomia do ICET, estaremos envidando esforços para atuar na divulgação de informações, além de ações no ensino, pesquisa e extensão de modo a contribuir para a prevenção da entrada dessa doença em Itacoatiara e municípios próximos.”
Liane Cristine Rebouças Demosthenes, fitopatologista

Informações e Denúncias
Ao encontrar frutos com sintomas da doença, comunique imediatamente:
ADAF – SEDE
E-mail: gabinete@adaf.am.gov.br
Gerência de Defesa Vegetal – GDV
E-mail: gdv@adaf.am.gov.br
Fone: (92) 99390-1750