Prática de Campo do ICET/UFAM: Conectando Teoria e Prática em Ambientes Naturais e Industriais

A prática de campo é uma atividade mediada pelo docente, porém realizada fora dos limites da sala de aula, isto é, em espaços não formais de ensino e aprendizagem, podendo ser de caráter prático e/ou teórico.

Os espaços não formais de ensino-aprendizagem são essenciais para complementar a educação formal e preparar os alunos para o mercado de trabalho e a cidadania ativa. Nesse contexto, uma equipe composta pelos docentes Alex Martins, Fabiana Paschoal, Margarida Carmo, Valdomiro Laacerta e Welma Carneiro, além do Técnico em Química Emiliano Neto, no período de 19 à 21 de novembro realizaram Prática de Campo com alunos dos cursos de Farmácia, Química Industrial, Licenciatura em Ciências: Química e Biologia do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal do Amazonas.

As atividades foram desenvolvidas no Museu da Amazônia. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e Empresa Saldanha Rodrigues LTDA.

Os alunos que participaram da prática de campo estão matriculados em disciplinas do período 2024/2 sendo elas: Química Geral Experimental (Prof. Valdomiro Lacerda); Química Analítica Clássica Teórica e Experimental (Profa. Margarida Carmo), Operações Unitárias (Prof. Alex Martins), Métodos Eletroanalíticos (Profa. Fabiana Paschoal) e Evolução (Profa. Welma Carneiro).

Os professores, juntamente com o técnico de Química, proporcionaram orientação e suporte durante a prática de campo. Segundo a Profa. Margarida Carmo as atividades realizadas contribuem para a melhoria da qualidade do ensino, promovendo articulação entre teoria e prática. Além disso, suscita oportunidades de campo de estágio para os discentes em empresas públicas e privadas, criando uma rede de contatos com profissionais experientes. Ainda, promove o desenvolvimento de habilidades como trabalho em equipe e comunicação eficaz.

Para o Técnico em Química Emiliano Neto, a prática de campo é uma importante ferramenta que auxilia o aluno no processo de aprendizagem, uma vez que ele tem a oportunidade de conhecer in loco um ambiente relacionado ao seu curso e sua futura área de atuação profissional. Oportuniza a vivência dos processos, matérias primas, testes de qualidade e demais etapas na fabricação de produtos como em uma indústria ou a coleta de amostras em um ambiente natural e posteriores etapas para realização análises e testes como acontece em uma rotina de laboratório. Dessa forma, a prática de campo não só visa auxiliar o aluno na fixação do conteúdo aprendido em sala de aula, mas também desperta ou potencializa o seu interesse na área em que ele escolheu como profissão.

A Profa. Fabiana Paschoal pontuou que a atividade realizada na Industria Saldanha Rodrigues LTDA, possibilitou aos discentes experienciar o ambiente de trabalho, ver os conceitos teóricos se aplicarem no mundo real e assim relacionar e contextualizar o que estão aprendendo. Os alunos puderam, mesmo que brevemente, observar as operações, a organização industrial, as etapas de produção, as estratégias de gestão e os desafios enfrentados pelas empresas em tempo real. Além disso, mencionou que tais atividades estimula os discentes, que retornam para as salas de aula da Universidade com outra visão, com outras expectativas e possivelmente mais animados em aprender e seguir nos estudos e na carreira.

Para a Profa. Welma Carneiro, que acompanhou discentes do curso de Licenciatura em Ciências: Química e Biologia, a realização de práticas de campo em espaços não-formais de criação e divulgação de conhecimento científico da biodiversidade amazônica como museus, laboratórios didáticos e coleções biológicas (Imagem 4) são de grande importância para desenvolver a abordagem interdisciplinar do curso de Ciências: Química e Biologia. Ao conectar conceitos teóricos às suas aplicações práticas em contextos reais, as visitas guiadas realizadas nestes espaços oferecem aos estudantes a oportunidade de explorar interações entre áreas como geologia, biologia, ecologia e química. Ao estimular a compreensão da história da vida na Terra, dos processos evolutivos e das relações ecológicas, favorecem também a construção de um pensamento crítico e integrado nos futuros licenciandos.

O Prof. Valdomiro acrescentou que a prática de campo permitiu aos servidores e discentes conhecer a estrutura física, bem como os processos da Empresa Saldanha Rodrigues LTDA, uma das maiores empresas de seringas da América Latina. Essa contém em seu quadro de colaboradores, profissionais da área de Química e Farmácia, demonstrando que há campo de trabalho para nossos egressos. Citou ainda que, no INPA dentre os laboratórios de pesquisa existentes, conheceram o laboratório de Química Ambiental onde são realizadas diversas pesquisas para preservação da água. Portanto, a realização de atividades não formais de ensino-aprendizado demonstram o compromisso do ICET/UFAM em fornecer uma educação integral, preparando profissionais capacitados para contribuir com o desenvolvimento sustentável da região amazônica.